quarta-feira, 20 de março de 2013

O NARRADOR

1. Classifica o narrador quanto à sua presença na ação.
O narrador não participa na ação que narra, é um narrador não participante ou heterodiegético. Conta a história na terceira pessoa o que o leitor percebe logo no início do texto: "Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que Rosinha sentia muito medo."

2. Imagina que o narrador tinha uma presença diferente na ação. A partir de um excerto do texto, torna a Rosinha, o Zezinho e a mãe narradores desta história da qual são personagens. Altera a redação desses excertos.
 
Se o texto tivesse um narrador participante a redação destes excertos

Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que Rosinha sentia muito medo. (pp. 3-4)
(...)
Foi quando Rosinha caiu no sono, exausta de tanto brincar. (p. 28)

podia mudar das formas que se seguem:

A narradora é a Rosinha:
Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que eu sentia muito medo, um medo enorme.

Foi quando eu caí no sono, exausta de tanto brincar
O narrador é o Zezinho:
Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que Rosinha/a minha irmã sentia muito medo

Foi quando Rosinha caiu/ a minha irmã caiu no sono, exausta de tanto brincar
O narrador é a mãe:
Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que Rosinha/a minha filhinha sentia muito medo

Foi quando Rosinha caiu/ a minha filhinha caiu no sono, exausta de tanto brincar.


3. Compara os excertos obtidos com o excerto original. Procura as diferenças explicando o que mudou. Podes indicar que excerto preferes e justificar a tua escolha.

Se a história fosse contada pela Rosinha o leitor iria provavelmente sentir-se mais próximo da ação e conheceria melhor os sentimentos da menina, ela é que sentiu o medo e ninguém melhor do que ela para falar desse medo.

Se a história fosse contada pela mãe, teríamos um discurso, uma maneira de falar mais afetuosa, mais ternurenta, compreensiva.

Se a história fosse contada pelo Zezinho haveria talvez um certo distanciamento em relação ao assunto narrado, poderia mesmo haver alguma graça no texto se o narrador Zezinho troçasse, por exemplo, do medo da irmã tal como podemos sentir nesta segunda modificação:

Era noite de chuva. Mais uma daquelas noites em que a minha irmãzinha, muito medricas, sentia imenso medo por umas gotinhas de nada que caiam por uns buraquinhos minúsculos do teto.

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